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Plano de Trabalhos

O planeamento do Dicionário seguiu as linhas de orientação ideológica e os princípios metodológicos estipulados pelo Projecto Pointer – Proposal for an Operational Infrastructure for Terminology in Europe. Este projecto foi co-financiado pela Comissão Europeia como parte do seu programa Multilingual Action Plan e encontra-se em funcionamento desde 1995. O Pointer visa criar um conjunto concreto de recomendações que resultem numa coordenada mas flexível infra-estrutura terminológica na Europa e entre os seus parceiros públicos e privados contam-se organizações de grande parte dos países europeus.

Em Portugal a investigação em Terminologia é desenvolvida pela Associação Portuguesa em Terminologia – Termip – que junta os seus esforços a instâncias internacionais como a REALITER, a RITERN e a ELRA.

Além das directrizes destas instituições que contribuem de modo determinante para a estruturação do Dicionário, a constituição e análise de um corpus carece de recursos bibliográficos e da colaboração de investigadores especializados, condições essas que não se encontram reunidas em Portugal. Por essa razão, o Dicionário contará com os esforços do grupo de pesquisa do Prof. Lars Jensen, director do centro de investigação de Estudos Culturais na Universidade de Roskilde, com trabalhos nos domínios da literatura pós-colonial, incluindo de expressão portuguesa. De momento faz parte do grupo que coordena a edição de A Historical Companion to Postcolonial Literatures: Continental Europe and its Empires.

Neste contexto, prevê-se que o conjunto de tarefas necessárias para o cumprimento dos objectivos decorra ao longo de um período de 4 anos, com as seguintes etapas:

  1. Recolha e selecção do corpus (1º ano)
    A fase inicial do projecto será dedicada à delimitação da extensão e da abrangência do corpus, considerando os objectivos do Dicionário e um conjunto de tipologias textuais que se pretende ver neles representado (sobretudo textos ensaísticos e literários nas Línguas Portuguesa e Inglesa, embora outros elementos possam ser incluídos, quando relevantes, de outras línguas).
  2. Adequação e integração das propostas terminológicas em base de dados (2º ano)
    A tarefa será levada a cabo através de uma metodologia baseada em programação orientada por objectos, com o auxílio de Unified Modelling Language como suporte para o processo.
    Numa primeira fase haverá uma análise minuciosa dos requisitos do sistema de um ponto de vista funcional, cuja informação será armazenada através de mecanismos de acesso ao sistema. Desta fase resultará um modelo de análise UML, baseado essencialmente em diagramas por classe e diagramas por caso, que permitirá a definição explícita da informação a ser guardada e da implementação de funções.
    Numa segunda fase terá de ser definida uma plataforma computacional que permita a implementação do sistema através da escolha do sistema operativo, do sistema de suporte de gestão da base de dados e de outras ferramentas necessárias a longo prazo, tais como um adequado motor de busca. O modelo de análise em UML irá ser sucessivamente refinado, tendo em mente a sua implementação em sistema de suporte de gestão da base de dados seleccionada, tal como a definição para a arquitectura do sistema.
    Num terceiro momento a base de dados é implementada, de acordo com a estrutura previamente definida e as funções que se considerou relevantes para o efeito, estruturando-as de forma adequada aos diferentes componentes da arquitectura planeada.
  3. Redacção preliminar (3º ano)
    Uma vez implementada a base de dados, esta deverá fornecer um conjunto de informações fiáveis que permitam iniciar uma redacção provisória dos artigos do dicionário. Desta redacção provisória resultarão fichas terminológicas, que delimitam a informação, a estruturam e a apresentam numa configuração acessível. A micro-estrutura típica das fichas contempla a área temática, o termo, as respectivas marcas de uso, uma definição que engloba os traços semânticos que distinguem um conceito de todos os outros, as provas textuais, observações e referências que indiquem as fontes e eventualmente a indicação das línguas em questão que não as Inglesa ou Portuguesa.
    A necessária gestão do conteúdo terminológico através de acréscimos, supressões e modificação de dados reflecte a evolução dos conceitos especializados e usos linguísticos próprios da área, considerando a constante mudança e actualização do discurso pós-colonial.
    A elaboração das fichas obedece a critérios rigorosos da actividade terminológica que serão objecto de adequação por parte da equipa. Pretende-se simultaneamente a validação das propostas terminológicas, através de uma permanente consulta à comunidade científica. Nesse sentido, a criação de uma página de Internet e de um forum restrito a pessoas previamente seleccionadas entre a comunidade de especialistas, visa possibilitar a apreciação das propostas terminológicas.
  4. Redacção definitiva (4º ano)
    O conjunto de propostas reunido neste projecto será submetido a uma consulta à comunidade científica, proporcionando um confronto crítico de que resultarão a validação das propostas e alterações justificadas por essa reflexão. Estarão reunidas as condições para se iniciar a redacção definitiva dos artigos.
  5. Difusão (2º a 4º anos)
    Será desejável que a difusão pública dos primeiros dados recolhidos a partir do corpus textual tenha lugar no 3º ano, dando visibilidade do projecto junto do público especializado, fomentando a discussão sobre a temática da terminologia pós-colonial nos estudos literários e permitindo estabelecer desde cedo contactos com possíveis colaboradores.
    Na fase final do projecto, o texto do Dicionário estará acessível na Internet e a base de dados que lhe deu origem será disponibilizada à comunidade para futuros trabalhos de investigação.
    Prevê-se também o estudo de soluções editoriais para a divulgação do Dicionário sob a forma de uma edição impressa, que dada a carência de manuais universitários e obras de referência neste domínio específico, afigura-se plenamente justificável.
Universidade de Aveiro    Fundação para a Ciência e Tecnologia    Departamento de Línguas e Culturas